quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

I’ve Got A Feeling

 “I've got a feeling, a feeling deep inside

I've got a feeling, a feeling I can't hide

Yeah! Yeah! I've got a feeling”

 

Uma criança inocente. Isso mesmo. Não tenho vergonha de admitir que fui uma criança inocente. Aliás, inocente demais. De uma ingenuidade tão constante, que não raramente beirava a burrice. Eu queria ser uma boa pessoa, e sinto orgulho disso. Bondade sempre foi uma palavra a qual me atraía. Minha mãe me dava como exemplo de bondade a religião, então  quis até ser padre. Eu não era de caráter perfeito e costumava ser mimado, mas buscava a melhor das índoles.
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Crianças crescem. E aprendem. E amadurecem. Às vezes das formas comuns. Mas talvez o meu estilo tenha sido meio esquisito. O que não faz de mim um cara especial, nem normal, entretanto. Conhecera um racionalismo adulto, mas mantivera uma boa dose de infância. Essa foi a essência de minha personalidade nerd, fonte de felicidades e conquistas. Histórias fantásticas, aventuras épicas, guerras ninjas e mitológicas, além de segredos e maravilhas da natureza, do universo e do ser humano. Isto tudo na mente otimista de um garoto. O fantástico era uma metáfora do científico. Mais-que-perfeito. Ou não.
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Os sentimentos adolescentes não norteavam minha vida. Existiam, entretanto, de algum modo. Bobos, utópicos, estereotipados, enganandos, desenganados, inconcretos, prematuros. Nunca se sobrepunham totalmente às nerdices e fantasias infantis. Mesmo assim, estavam na semente de minhas frustrações. Começavam os vícios moderados das inutilidades. As esperanças de que acontecesse algo pelo qual eu estava longe de realmente buscar.
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Mas são por coisas simples que a vida muda. De repente, um sentimento. Verdadeiro. Tão verdadeiro que tornou clara a insignificância dos restantes. Veio aos poucos, surgindo inocentemente em meio a novidades amigas. Tão inocente que não poderia prever o desastre causado. Talvez fosse para o bem. Pareceu depois ser para o mal. Sofrimento, distração, irresponsabilidade, rejeição e dúvidas tiraram a paz e a segurança que tinha na boa e velha ciência.
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Dane-se a melancolia! Talvez alguns sentimentos surjam porque devem ser sentidos. Outros, porém, parecem exigir a própria superação. Um amor cruel e verdadeiro ou é para sempre ou para nunca. A tristeza me dará para mudar. Transformar o sofrimento em maturidade, a distração em novidades, a irresponsabilidade em diversão, a rejeição em vaidade, as dúvidas em escolha, a escolha pela felicidade. Ter orgulho de ser um herói nerd XD.

<SAMSUNG DIGITAL CAMERA>O sorriso daquele otimismo iluminado