segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Gênio do trabalho duro

Dois ninjas, do mesmo time. Um deles, herdou os poderes de sua família, naturalmente um gênio. O outro, sem muitos talentos naturais, conseguiu tornar seu rival com muita dedicação e treinamento. A história desses dois personagens da série animada Naruto, Neji e Rock Lee, ilustra como às vezes é difícil enfrentar a limitações impostas pela natureza.

Os genes proporcionam a cada um tendências diferentes. Alguns engordam mais facilmente, outros não precisam de muito esforço para ficar em forma. Enquanto alguns apresentam um grande potencial para serem atletas, outros sem nenhuma afinidade com os esportes. Na escola, há aqueles que preferem as "exatas" e outros que preferem as "humanas". Em outras palavras, nascemos diferentes e certas predisposições podem ser grandes inconvenientes.

Genética, porém, não é tudo. Boa parte do que somos é influenciado pelo meio: a educação que recebemos, as pessoas com as quais nos relacionamos, os espaços que frequentamos. E muitas vezes as circunstâncias que definem esse meio são externas à nossa vontade. Também somos limitados pela sorte, pelo acaso.

É claro, a genética e a sorte influenciam a nossa vida, mas o define os caminhos tomaremos a partir delas são as escolhas. Como diriam os protagonistas do filme Batman Begins: "Não é quem eu sou por dentro, mas o que eu faço que me define". Se alguma coisa é mais difícil para nós, podemos nos esforçar e trabalhar duro para consegui-las. Mesmo se não "nascermos gênios", a nossa dedicação pode nos trazer conquistas geniais. E é possível transformar o nosso azar em sorte: basta termos otimismo e tentar tirar proveito do lado bom das situações.


Por mais difícil que sejam os sonhos, eles não precisam ser impossíveis. O verdadeiro gênio não precisa nascer gênio. Ele pode ser um gênio do trabalho duro.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Imagine

Imagine que não há paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
E acima só os céus
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o presente

Imagine que não há países
Não é algo difícil
Nada por o que morrer ou matar
E nenhuma religião também
Imagine todas as pessoas
Vivendo suas vidas em paz

Imagine um mundo sem posses
Eu duvido que você consiga
Sem fome ou miséria
Um irmandade de todos
Imagine todas as pessoas
Compartilhando todo o mundo

Você pode dizer que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que um dia você se junte a nós
E o mundo será como um só
E o mundo viverá como um só

Neste dia 9, John Lennon teria feito 71 anos
Esta é minha homenagem
E minha mensagem a todo
Para acreditarem na diferença que pode fazer a imaginação

domingo, 9 de outubro de 2011

A Minha Deusa das Estrelas

Queria ter homenageado a constelação de virgem no dia 19 de setembro (meu aniversário), já que o sol faz seu caminho por ela entre 16 de setembro e 30 de outubro. Mas por motivos de força (preguiça) maior, isto não foi possível. Mesmo assim, não podia deixar esta lacuna.
A constelação de Virgem era relacioniada em muitas mitologias à ideia de fertilidade. O próprio nome da constelação é uma  referência às virgens responsáveis pela colheita das espigas de trigo, tanto que sua a estrela alfa se chama Spica (espiga em latim). De certa forma, o fato de a constelação ser uma mulher pode ser interpretado como uma associação da fertilidade feminina com a da terra.
Deste modo, a constelação era normalmente ligada à figura da deusa da fertilidade ou da agricultura. Para os gregos, Deméter. Para os romanos, sua correspondente, Ceres. Para os babilônios, era Ishtar. Esta última tinha uma história interessante. Certa vez, teria ido ao mundo dos mortos atrás do marido. Chegando lá, teve de tirar uma peça de roupa a cada passagem, até chegar nua em uma salão, onde a deusa dos mortos a deixou presa. Como Ishtar era a deusa da fertilidade, a terra sentiu a sua ausência, tornando-se estéril. Vendo a situação de fome que assolaria a todos, os deuses pediram a libertação de Ishtar: como esta não sairia sem o marido, a deusa dos mortos teve de libertá-lo também.
Mesmo sendo eu uma pessoa cética, que não acredita em deuses ou em astrologia, sou um grande admirador de metáforas e de simbologias. E gosto de ser do signo de Virgem. Me agrada a ideia de pensar na mulher dos sonhos como essa deusa das estrelas, uma heroína capaz de descer ao inferno por amor. E me agrada a ideia de ser um herói. Mas um capítulo às minhas metáforas nerds: os heróis também precisam de heróinas. XD

domingo, 4 de setembro de 2011

Os Óculos da Ciência


A astronomia tem por base uma única fonte de informação: a luz. Não somos capazes tocar, ouvir, cheirar ou interagir com corpos celestes distantes, mas podemos vê-los. Por muito tempo, todo nosso conhecimento sobre os céus era limitado àquilo que nossos olhos eram capazes de enxergar. Chegou um momento no qual novos instrumentos precisaram ser criados para ampliar esta capacidade: os telescópios.

Em 1609, o italiano Galileu Galilei deu o primeiro passo. Baseando-se num modelo de um instrumento holandês que ampliava a imagem dos objetos, construiu seu próprio telescópio e foi o primeiro a utilizá-lo para a observação do céu. A luneta de Galileu, também chamada de telescópio refrator, consistia em duas lentes colocadas em duas extremidades de um tubo. As lentes são do tipo convergente, capazes de produzir imagens aumentadas. Uma delas, a objetiva, capta a luz, enquanto a outra, a ocular, a adapta para o olho humano.



Os telescópios refratores possuem, porém, alguns incômodos. Um deles é a aberração cromática: nem todos os tipos de luz refratam da mesma forma, fazendo a imagem ficar mal focalizada. O outro é que precisam ser muito grandes se quisermos maiores ampliações. Deste modo, foram surgindo novos modelos que utilizavam espelhos no lugar da lente objetiva, reduzindo o tamanho final do instrumento. São os telescópios de reflexão. O primeiro deles foi o de Newton, no qual a luz incidia sobre um espelho côncavo e depois sobre um espelho plano em diagonal, responsável por levar a luz até a lente ocular, como se ilustra abaixo.



Depois vieram modelos que dispensavam o espelho em diagonal. O de Cassegrain o substituiu por um espelho convexo enquanto o de Maksutov, ilustrado abaixo, também utilizava esse espelho, mas integrado a uma lente que corrigia as aberrações acromáticas.


O desenvolvimento da astronomia tem trazido a necessidade de telescópios cada vez mais eficientes, a qual vem se encontrando com muitas limitações. Uma delas é o tamanho: espelhos muito grandes podem se deformar com o próprio peso. Para solucionar isto, instrumentos maiores estão sendo feitos utilizando-se vários espelhos hexagonais que se comportem como um só maior. A grande promessa nesse sentido é o European Extra Large Telescope (E-ELT), ou Telescópio Extra Grande Europeu, cujo diâmetro será de 42 metros, tornando-o capaz de um poder de aumento no nível de galáxias muito distantes.

Outra limitação, inerente à própria observação astronômica na Terra, é a atmosfera, a qual desvia a posição dos objetos vistos no céu, distorce suas imagens, além bloquear uma boa faixa do espectro eletromagnético. Os dois primeiros efeitos são minimizados construindo-se telescópios em lugares mais elevados e/ou de atmosfera menos densa, como o deserto do Atacama no Chile. Mas para vencer completamente o efeito atmosférico, foi necessário unir a observação do espaço com a tecnologia de exploração deste. Em outras palavras, surgiram os telescópios espaciais, capazes de captar freqüências de luz que seriam barradas na atmosfera, abrindo possibilidade para imagens mais completas dos objetos observados. Um dos mais conhecidos é o Hubble, o qual nos forneceu muitas das belas imagens que temos de corpos celestes.

Um Rugido de Coragem

A constelação de Leão está fortemente ligada à ideia de força, brilho, poder. Em tempos mais antigos, a entrada do Sol nessa constelação marcava o início do verão no hemisfério norte. Desta forma, era associada a figuras positivas e poderosas, como reis e divindades. A sua própria estrela alfa, Regulus, em latim "pequeno rei", estava entre as quatro estrelas reais persas. As outras três eram Formalhaut, Aldebaran e Antares.

No egito, durante o verão, os leões se dirigiam para o rio Nilo, marcando a época de cheia deste. Além disso, as esfinges egípcias eram representadas com cabeças de faraós e corpos de leão, uma associação direta entre a constelação e a figura do poder. Na Grécia Antiga, o leão representado nos céus correspondia ao leão de Neméia, um dos monstros descendentes de Tifão, e que foi enfrentado pelo herói Hércules em um dos seus 12 trabalhos. Como prêmio por ter vencido a fera, Hércules passou a utilizar a pele do leão.
O Sol fica em Leão entre 9 de agosto e 15 de setembro, e tem uma melhor visibilidade no céu noturno nos primeiros meses do ano.