sábado, 23 de julho de 2011

A Constelação Ondulatória

A palavra câncer vem do grego carcinos, que significa caranguejo. É por isso que a constelação de câncer, representada por este crustáceo, recebe essa denominação, oriunda da Grécia Antiga. Na verdade, uma observação do céu nos mostraria que a constelação não tem quase nenhuma semelhaça com a figura de um caraguejo. Isto, é claro, se conseguirmos identificar a constelação, cujas estrelas têm o brilho muito baixo.
Os povos antigos, contudo, associaram a constelação de Câncer ao caranguejo, porque o Sol estava, na época, nesta casa durante o solstício de junho. Durante este momento, o Sol chega no eu ponto máximo ao norte e então passa a se deslocar para o sul no céu. Um movimento de vai-e-vem, como do nosso amigo crustáceo. Sendo este animal habitante da frontreira entre a terra e o mar, sua figura era associada à frontreira com o submundo, à ideia da passagem para o mundo dos mortos (os fãs de Cavaleiros do Zodíaco conhecem muito bem essa história).
Para os gregos, mais especificamente, a constelação representava o caranguejo gigante enviado por Hera para enfrentar o herói Hércules, quando este estava em batalha contra a Hidra de Lerna.
Bom e é basicamente isto. E lembrar que esta postagem foi feita em homenagem às minhas amigas cancerianas, algumas um tanto estressadas, especialmente à minha mãe, que é de 20 de julho. XD

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Por que a vida existe e Ele quase com certeza não

Talvez eu já tenha falado um pouco a respeito disso aqui, mas desta vez quero dar um maior enfoque no assunto. A ideia que quero repassar consiste em um pouco de probabilidade aplicada às questões da existência, mais especificamente da vida e de deus(es). É uma teoria contida no livro Deus, um delírio, do brilhante biólogo britânico Richard Dawkins, e com a qual eu concordo plenamente.
Existe um argumento criacionista muito famoso referente à própria natureza da vida: "Como podemos nós, seres tão complexos, termos surgido de forma tão aleatória como dizem os evolucionistas, sobretudo os ateus? Toda essa complexidade precisaria ser obra de um ser de tamanha inteligência. Já sei: Deus, o designer inteligente."
Faz todo sentido não é? Não. Pensemos um pouco a respeito: para criar um mundo tão complexo como o nosso, com seres tão complexos como nós, Deus precisaria de uma inteligência que abrangesse toda essa complexidade. Ou seja, ele seria mais complexo ainda, de modo que o argumento dos criacionistas nos faria prosseguir: para existir tal entidade, precisaríamos de um designer mais inteligente para criá-lo, por consequência mais complexo. E isso nos levaria a uma cadeia infinita de criadores cada vez mais complexos, sem podermos explicar a existência da vida. Por isso Dawkins afirma: "Deus quase com certeza não existe".
Precisamos expadir nosso modo de pensar. Uma pequena análise em biologia nos mostra, sim, que os seres vivos têm estruturas aparentemente criadas por uma mente pensante. Mas só aparentemente. Armadilha da nossa amiga evolução: através de bilhões de anos de seleção natural, seres simples deram origem à complexidade com a qual estamos acostumados.
E quanto aos primeiros organismos? Surgiram como? É neste ponto que recorremos ao princípio antrópico, exposto no livro de Dawkins. O surgimento primordial da vida realmente se deu de forma aleatória. A partir de condições físicas e químicas adequadas, moléculas orgânicas da Terra primitiva deram origem às primeiras formas de vida. Porém, tanto a existência dessas condições quanto o próprio agrupamento das moléculas orgânicas são eventos muito improváveis. Não que isto seja um problema: supondo a probabilidade da vida surgir em qualquer planeta uma em um bilhão, ainda assim temos bilhões de planetas no Universo. Em um deles, pelo menos, a vida pode surgir de forma aleatória. Por que não a Terra?

Como tudo... está começando

Bom, minha vida de ensino médio já acabou e esse ano eu comecei a fazer universidade. Estou no curso de Engenharia Elétrica da UFPA e acabei de concluir o primeiro semestre. Estava pensando e achei interessante compartilhar essa experiência com os futuros universitários, sobretudo aqueles que pretendem seguir na nobre área da engenharia.
Neste semestre me deparei com um pouco da parte básica: matemática, química e computação. Na verdade, acho que posso resumir um pouco das 6 disciplinas então lá vai:
Cálculo 1: Aqui começa a vida de todo engenheiro, é o que dizem. Basicamente, aprendemos a ver uma nova  (mas nem tanto) matemática, muito mais eficiente que do ensino médio para entender problemas da Física. O que achei mais interessante é que ela parte de princípios contra-intuitivos, como o infinitamente grande e o infinitamente pequeno. A disciplina mais difícil: minha favorita.
Álgebra Linear: Matemática de terceiro ano, só que mais aprofundada. Vetores, matrizes, sistemas, geometria analítica. Às vezes dava um trabalho resolver os problemas, mas é muito legal como essa disciplina pode ser aplicada, principlamente na computação.
Desenho Técnico: Ok, muita gente que eu conheço estudou essa disciplina pelo computador e eu vi no papel mesmo. Mas dizem que é melhor começar assim, então tudo bem. Bom, foram três partes. Na primeira, eu estudei desenho geométrico, ou seja, como construir determinadas figuras. Depois aprendi a fazer projeções, a desenhar um objeto sob várias perspectivas. Por fim, um projeto elétrico de uma casa, já que o meu curso é Engenharia Elétrica. Além disso, a faculdade ofertou um curso de AutoCad que ajudou um pouco na hora de fazer os projetos.
Seminários em Engenharia Elétrica: Como o nome diz, várias palestras sobre o próprio curso e suas aplicações práticas. Não foram muitas palestras, mas houve coisas bem legais como visitas ao laboratórios e a programação de uma visita a hidrelétrica de Tucuruí.
Introdução à Ciência dos Computadores: Essa foi mais para tornar familiar a arte da programação. Aprendi só o básico, mas em outros cursos extracurriculares deu para estender isso.
Química Geral Teórica I: Um pouco da química do ensino médio mais um pouco apronfundada. Basicamente isso. Ah.. e um professor bem maluco.
É... Esse foi o primeiro semestre, ainda vai vir muito mais coisas, bem mais específicas, mas esse início é parecido em qualquer engenharia. Então quem achou interessante, dá até para seguir essa carreira...