quarta-feira, 11 de maio de 2011

Amor, Necessidade e Criatividade

Ela é aquela garota. Bonita, mas não como uma Afrodite. Mas tem algo no jeito dela andar que te atrai como nenhuma outra. Ela não é um gênio, só tem uma inteligência admirável. Não importa: perto dela, você é sempre um idiota mesmo. Cada palavra parece mais bonita na boca dela, que tem aquele magnetismo nos lábios. Ela é a mulher perfeita para você. Mas você não é o homem perfeito para ela.

Não seria tão legal se a vontade do sexo oposto fosse de encontro à sua? Se o amor fosse sempre correspondido? Afinal, a evolução criou o amor entre homens e mulheres como resposta à necessidade reprodutiva. Não seria evolutivamente ideal se fosse mais fácil uni-los? Talvez sim. Mas nenhuma máquina no mundo rende 100%, nem a evolutiva. Além do lado biológico, o ser humano tem uma face social: a vida de uma pessoa não pode girar só em torno de sexo.

Às vezes é extremamente difícil conquistar uma mulher. Aquela garota então, quase impossível. Mas se sempre fosse fácil, valeria a pena? Talvez não. Se não houvessem obstáculos, o amor seria algo banalizado. São as mais difíceis que inspiram nossos melhores poemas. É por elas que assaltamos as flores dos jardins. Elas estão nas letras das canções, nos nossos álbuns de fotografias. Elas nos ensinam tanto sobre o amor, sem perceber. Acredite, aquela garota petulante, implicante, evasiva, pode ser o maior amor da sua vida. Vivido ou não.