segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Imagine

Imagine que não há paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
E acima só os céus
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o presente

Imagine que não há países
Não é algo difícil
Nada por o que morrer ou matar
E nenhuma religião também
Imagine todas as pessoas
Vivendo suas vidas em paz

Imagine um mundo sem posses
Eu duvido que você consiga
Sem fome ou miséria
Um irmandade de todos
Imagine todas as pessoas
Compartilhando todo o mundo

Você pode dizer que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que um dia você se junte a nós
E o mundo será como um só
E o mundo viverá como um só

Neste dia 9, John Lennon teria feito 71 anos
Esta é minha homenagem
E minha mensagem a todo
Para acreditarem na diferença que pode fazer a imaginação

domingo, 9 de outubro de 2011

A Minha Deusa das Estrelas

Queria ter homenageado a constelação de virgem no dia 19 de setembro (meu aniversário), já que o sol faz seu caminho por ela entre 16 de setembro e 30 de outubro. Mas por motivos de força (preguiça) maior, isto não foi possível. Mesmo assim, não podia deixar esta lacuna.
A constelação de Virgem era relacioniada em muitas mitologias à ideia de fertilidade. O próprio nome da constelação é uma  referência às virgens responsáveis pela colheita das espigas de trigo, tanto que sua a estrela alfa se chama Spica (espiga em latim). De certa forma, o fato de a constelação ser uma mulher pode ser interpretado como uma associação da fertilidade feminina com a da terra.
Deste modo, a constelação era normalmente ligada à figura da deusa da fertilidade ou da agricultura. Para os gregos, Deméter. Para os romanos, sua correspondente, Ceres. Para os babilônios, era Ishtar. Esta última tinha uma história interessante. Certa vez, teria ido ao mundo dos mortos atrás do marido. Chegando lá, teve de tirar uma peça de roupa a cada passagem, até chegar nua em uma salão, onde a deusa dos mortos a deixou presa. Como Ishtar era a deusa da fertilidade, a terra sentiu a sua ausência, tornando-se estéril. Vendo a situação de fome que assolaria a todos, os deuses pediram a libertação de Ishtar: como esta não sairia sem o marido, a deusa dos mortos teve de libertá-lo também.
Mesmo sendo eu uma pessoa cética, que não acredita em deuses ou em astrologia, sou um grande admirador de metáforas e de simbologias. E gosto de ser do signo de Virgem. Me agrada a ideia de pensar na mulher dos sonhos como essa deusa das estrelas, uma heroína capaz de descer ao inferno por amor. E me agrada a ideia de ser um herói. Mas um capítulo às minhas metáforas nerds: os heróis também precisam de heróinas. XD

domingo, 4 de setembro de 2011

Os Óculos da Ciência


A astronomia tem por base uma única fonte de informação: a luz. Não somos capazes tocar, ouvir, cheirar ou interagir com corpos celestes distantes, mas podemos vê-los. Por muito tempo, todo nosso conhecimento sobre os céus era limitado àquilo que nossos olhos eram capazes de enxergar. Chegou um momento no qual novos instrumentos precisaram ser criados para ampliar esta capacidade: os telescópios.

Em 1609, o italiano Galileu Galilei deu o primeiro passo. Baseando-se num modelo de um instrumento holandês que ampliava a imagem dos objetos, construiu seu próprio telescópio e foi o primeiro a utilizá-lo para a observação do céu. A luneta de Galileu, também chamada de telescópio refrator, consistia em duas lentes colocadas em duas extremidades de um tubo. As lentes são do tipo convergente, capazes de produzir imagens aumentadas. Uma delas, a objetiva, capta a luz, enquanto a outra, a ocular, a adapta para o olho humano.



Os telescópios refratores possuem, porém, alguns incômodos. Um deles é a aberração cromática: nem todos os tipos de luz refratam da mesma forma, fazendo a imagem ficar mal focalizada. O outro é que precisam ser muito grandes se quisermos maiores ampliações. Deste modo, foram surgindo novos modelos que utilizavam espelhos no lugar da lente objetiva, reduzindo o tamanho final do instrumento. São os telescópios de reflexão. O primeiro deles foi o de Newton, no qual a luz incidia sobre um espelho côncavo e depois sobre um espelho plano em diagonal, responsável por levar a luz até a lente ocular, como se ilustra abaixo.



Depois vieram modelos que dispensavam o espelho em diagonal. O de Cassegrain o substituiu por um espelho convexo enquanto o de Maksutov, ilustrado abaixo, também utilizava esse espelho, mas integrado a uma lente que corrigia as aberrações acromáticas.


O desenvolvimento da astronomia tem trazido a necessidade de telescópios cada vez mais eficientes, a qual vem se encontrando com muitas limitações. Uma delas é o tamanho: espelhos muito grandes podem se deformar com o próprio peso. Para solucionar isto, instrumentos maiores estão sendo feitos utilizando-se vários espelhos hexagonais que se comportem como um só maior. A grande promessa nesse sentido é o European Extra Large Telescope (E-ELT), ou Telescópio Extra Grande Europeu, cujo diâmetro será de 42 metros, tornando-o capaz de um poder de aumento no nível de galáxias muito distantes.

Outra limitação, inerente à própria observação astronômica na Terra, é a atmosfera, a qual desvia a posição dos objetos vistos no céu, distorce suas imagens, além bloquear uma boa faixa do espectro eletromagnético. Os dois primeiros efeitos são minimizados construindo-se telescópios em lugares mais elevados e/ou de atmosfera menos densa, como o deserto do Atacama no Chile. Mas para vencer completamente o efeito atmosférico, foi necessário unir a observação do espaço com a tecnologia de exploração deste. Em outras palavras, surgiram os telescópios espaciais, capazes de captar freqüências de luz que seriam barradas na atmosfera, abrindo possibilidade para imagens mais completas dos objetos observados. Um dos mais conhecidos é o Hubble, o qual nos forneceu muitas das belas imagens que temos de corpos celestes.

Um Rugido de Coragem

A constelação de Leão está fortemente ligada à ideia de força, brilho, poder. Em tempos mais antigos, a entrada do Sol nessa constelação marcava o início do verão no hemisfério norte. Desta forma, era associada a figuras positivas e poderosas, como reis e divindades. A sua própria estrela alfa, Regulus, em latim "pequeno rei", estava entre as quatro estrelas reais persas. As outras três eram Formalhaut, Aldebaran e Antares.

No egito, durante o verão, os leões se dirigiam para o rio Nilo, marcando a época de cheia deste. Além disso, as esfinges egípcias eram representadas com cabeças de faraós e corpos de leão, uma associação direta entre a constelação e a figura do poder. Na Grécia Antiga, o leão representado nos céus correspondia ao leão de Neméia, um dos monstros descendentes de Tifão, e que foi enfrentado pelo herói Hércules em um dos seus 12 trabalhos. Como prêmio por ter vencido a fera, Hércules passou a utilizar a pele do leão.
O Sol fica em Leão entre 9 de agosto e 15 de setembro, e tem uma melhor visibilidade no céu noturno nos primeiros meses do ano.

sábado, 23 de julho de 2011

A Constelação Ondulatória

A palavra câncer vem do grego carcinos, que significa caranguejo. É por isso que a constelação de câncer, representada por este crustáceo, recebe essa denominação, oriunda da Grécia Antiga. Na verdade, uma observação do céu nos mostraria que a constelação não tem quase nenhuma semelhaça com a figura de um caraguejo. Isto, é claro, se conseguirmos identificar a constelação, cujas estrelas têm o brilho muito baixo.
Os povos antigos, contudo, associaram a constelação de Câncer ao caranguejo, porque o Sol estava, na época, nesta casa durante o solstício de junho. Durante este momento, o Sol chega no eu ponto máximo ao norte e então passa a se deslocar para o sul no céu. Um movimento de vai-e-vem, como do nosso amigo crustáceo. Sendo este animal habitante da frontreira entre a terra e o mar, sua figura era associada à frontreira com o submundo, à ideia da passagem para o mundo dos mortos (os fãs de Cavaleiros do Zodíaco conhecem muito bem essa história).
Para os gregos, mais especificamente, a constelação representava o caranguejo gigante enviado por Hera para enfrentar o herói Hércules, quando este estava em batalha contra a Hidra de Lerna.
Bom e é basicamente isto. E lembrar que esta postagem foi feita em homenagem às minhas amigas cancerianas, algumas um tanto estressadas, especialmente à minha mãe, que é de 20 de julho. XD

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Por que a vida existe e Ele quase com certeza não

Talvez eu já tenha falado um pouco a respeito disso aqui, mas desta vez quero dar um maior enfoque no assunto. A ideia que quero repassar consiste em um pouco de probabilidade aplicada às questões da existência, mais especificamente da vida e de deus(es). É uma teoria contida no livro Deus, um delírio, do brilhante biólogo britânico Richard Dawkins, e com a qual eu concordo plenamente.
Existe um argumento criacionista muito famoso referente à própria natureza da vida: "Como podemos nós, seres tão complexos, termos surgido de forma tão aleatória como dizem os evolucionistas, sobretudo os ateus? Toda essa complexidade precisaria ser obra de um ser de tamanha inteligência. Já sei: Deus, o designer inteligente."
Faz todo sentido não é? Não. Pensemos um pouco a respeito: para criar um mundo tão complexo como o nosso, com seres tão complexos como nós, Deus precisaria de uma inteligência que abrangesse toda essa complexidade. Ou seja, ele seria mais complexo ainda, de modo que o argumento dos criacionistas nos faria prosseguir: para existir tal entidade, precisaríamos de um designer mais inteligente para criá-lo, por consequência mais complexo. E isso nos levaria a uma cadeia infinita de criadores cada vez mais complexos, sem podermos explicar a existência da vida. Por isso Dawkins afirma: "Deus quase com certeza não existe".
Precisamos expadir nosso modo de pensar. Uma pequena análise em biologia nos mostra, sim, que os seres vivos têm estruturas aparentemente criadas por uma mente pensante. Mas só aparentemente. Armadilha da nossa amiga evolução: através de bilhões de anos de seleção natural, seres simples deram origem à complexidade com a qual estamos acostumados.
E quanto aos primeiros organismos? Surgiram como? É neste ponto que recorremos ao princípio antrópico, exposto no livro de Dawkins. O surgimento primordial da vida realmente se deu de forma aleatória. A partir de condições físicas e químicas adequadas, moléculas orgânicas da Terra primitiva deram origem às primeiras formas de vida. Porém, tanto a existência dessas condições quanto o próprio agrupamento das moléculas orgânicas são eventos muito improváveis. Não que isto seja um problema: supondo a probabilidade da vida surgir em qualquer planeta uma em um bilhão, ainda assim temos bilhões de planetas no Universo. Em um deles, pelo menos, a vida pode surgir de forma aleatória. Por que não a Terra?

Como tudo... está começando

Bom, minha vida de ensino médio já acabou e esse ano eu comecei a fazer universidade. Estou no curso de Engenharia Elétrica da UFPA e acabei de concluir o primeiro semestre. Estava pensando e achei interessante compartilhar essa experiência com os futuros universitários, sobretudo aqueles que pretendem seguir na nobre área da engenharia.
Neste semestre me deparei com um pouco da parte básica: matemática, química e computação. Na verdade, acho que posso resumir um pouco das 6 disciplinas então lá vai:
Cálculo 1: Aqui começa a vida de todo engenheiro, é o que dizem. Basicamente, aprendemos a ver uma nova  (mas nem tanto) matemática, muito mais eficiente que do ensino médio para entender problemas da Física. O que achei mais interessante é que ela parte de princípios contra-intuitivos, como o infinitamente grande e o infinitamente pequeno. A disciplina mais difícil: minha favorita.
Álgebra Linear: Matemática de terceiro ano, só que mais aprofundada. Vetores, matrizes, sistemas, geometria analítica. Às vezes dava um trabalho resolver os problemas, mas é muito legal como essa disciplina pode ser aplicada, principlamente na computação.
Desenho Técnico: Ok, muita gente que eu conheço estudou essa disciplina pelo computador e eu vi no papel mesmo. Mas dizem que é melhor começar assim, então tudo bem. Bom, foram três partes. Na primeira, eu estudei desenho geométrico, ou seja, como construir determinadas figuras. Depois aprendi a fazer projeções, a desenhar um objeto sob várias perspectivas. Por fim, um projeto elétrico de uma casa, já que o meu curso é Engenharia Elétrica. Além disso, a faculdade ofertou um curso de AutoCad que ajudou um pouco na hora de fazer os projetos.
Seminários em Engenharia Elétrica: Como o nome diz, várias palestras sobre o próprio curso e suas aplicações práticas. Não foram muitas palestras, mas houve coisas bem legais como visitas ao laboratórios e a programação de uma visita a hidrelétrica de Tucuruí.
Introdução à Ciência dos Computadores: Essa foi mais para tornar familiar a arte da programação. Aprendi só o básico, mas em outros cursos extracurriculares deu para estender isso.
Química Geral Teórica I: Um pouco da química do ensino médio mais um pouco apronfundada. Basicamente isso. Ah.. e um professor bem maluco.
É... Esse foi o primeiro semestre, ainda vai vir muito mais coisas, bem mais específicas, mas esse início é parecido em qualquer engenharia. Então quem achou interessante, dá até para seguir essa carreira...

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Faça chuva, faça sol

Quando começa a chover, todos correm para proteger suas cabeças
Deveriam estar aproveitando a vida
Ai ai, quando a chuva cai...

Quando o sol brilha com força, todos correm para a sombra
Dariam um fortuna por um belo refresco
Ah, quando o sol nos traz o seu brilho...

Chove, chove, eu não me importo
Brilha o sol: o tempo está ótimo

Eu posso te mostrar, meu bem
Que quando a chuva cai
Nada muda, tudo continua possível
Sim, eu posso te mostrar

Chove, chove, eu não me importo
Brilha o sol: o tempo está ótimo

Tente entender, meu bem
Quando chove ou quanto faz sol
É apenas um estado mental
Me diga: você pode entender?

(Adaptado de Rain - Lennon/McCartney)

domingo, 19 de junho de 2011

Alfa e Beta

Certa vez, Zeus apaixonou-se pela esposa do rei espartano Tíndaro, Leda. Como esta era casada, o deus transformou-se em cisne para consumar sua paixão. Desta forma, a rainha teve dois filhos gêmeos: Castor, filho do rei, e Póllux, filho de Zeus. Mesmo com pais diferentes, tornaram-se inseparáveis. Castor se tornou altamente habilidoso com cavalos, enquanto Póllux dedicou-se à arte guerreira. Juntos, derrotaram piratas no Peloponeso, enfrentraram o enorme javali do Calidão e participaram da busca pelo Velocino de Ouro. Estas aventuras heróicas teriam, porém, seu fim, quando os gêmeos lutaram com os irmãos Idas e Linceu, por suas noiva Hilária e Febe. Castor morreu, mas Póllux sobreviveu, por ser imortal. Não podendo viver separado do irmão, o herói pediu a seu pai, Zeus, para dividir sua imortalidade com Castor. Desta forma, os gêmeos permaneceram unidos, eternizados no céu em uma constelação.

Esta história ilustra o significado da constelação de Gêmeos na mitologia grega. Entre Touro e Câncer na faixa zodiacal, e próxima do Cão Menor, de Auriga e de Órion, Gêmeos se caracteriza por suas estrelas mais brilhantes, Castor (alfa) e Póllux (beta), os heróis de nosso mito. Antigamente, estas estrelas tinham quase o mesmo brilho, um dos motivos da constelação ser associada à ideia de gêmeos. Junto com outras estrelas brilhantes das constelações próximas, elas duas formam um asterismo em forma de hexágono. Acima, uma imagem desta constelação.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Lágrimas de Chuva e de Gelo

Lágrimas caem do firmamento
Refrescam uma terra ardente
Um vento gélido me traz um pensamento
Sob a chuva estou, te vejo de repente

Aqueces meu corpo com teu abraço encharcado
Meus lábios pegam fogo em teu beijo gelado
Desatamos a correr, sem medir velocidade
Como se no movimento morasse a liberdade

Agulhas de água nos bombardeando
Neste oceano discreto estamos nadando
Mergulho com você numa fantasia submarina
É o ar do teu beijo que me dá vida
Princesa, sereia, náiade, doce menina
Foi a chuva que achou minha deusa perdida

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O brilho avermelhado de Aldebaran

A constelação de touro é uma das mais "antigas" conhecidas pelo ser humano, estando presente em representações de mitos pré-históricos, como em pinturas rupestres. Na mitologia grega, era associado ao minotauro existente no labirinto de Minos, derrotado pelo herói Teseu, bem como ao touro de bronze, forma assumida por Zeus. Além disso, o touro era uma figura valorizada nas culturas do crescente fértil, como a persa por exemplo. 


Touro está localizado no céu entre Áries e Gêmeos na faixa zodiacal, e tem como referência importante a sua estrela alfa Aldebaran, uma estrela de brilho avermelhado. Tomando como referência Órion, Aldebaran está na direção oposta a Sirius, a estrela mais brilhante do céu. 

Dois asterismos importantes estão presentes na constelação de touro. Um deles é o das Híades, um conjunto de estrelas que fazem o desenho de um "V" no céu. Na mitologia, as Híades eram filhas do titã Atlas com Etéria, e tinham uma grande admiração pelo irmão Hias. O outro é o aglomerado das Plêiades, que a olho nu tem uma aparência difusa. As Plêiades eram, na mitologia, associadas às sete irmãs filhas de Atlas com Pleione, uma deusa do mar. Não se sabe ao certo a origem do nome, mas tornou-se uma ótima referência para navegadores. Abaixo, uma bela imagem deste aglomerado:

 

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Amor, Necessidade e Criatividade

Ela é aquela garota. Bonita, mas não como uma Afrodite. Mas tem algo no jeito dela andar que te atrai como nenhuma outra. Ela não é um gênio, só tem uma inteligência admirável. Não importa: perto dela, você é sempre um idiota mesmo. Cada palavra parece mais bonita na boca dela, que tem aquele magnetismo nos lábios. Ela é a mulher perfeita para você. Mas você não é o homem perfeito para ela.

Não seria tão legal se a vontade do sexo oposto fosse de encontro à sua? Se o amor fosse sempre correspondido? Afinal, a evolução criou o amor entre homens e mulheres como resposta à necessidade reprodutiva. Não seria evolutivamente ideal se fosse mais fácil uni-los? Talvez sim. Mas nenhuma máquina no mundo rende 100%, nem a evolutiva. Além do lado biológico, o ser humano tem uma face social: a vida de uma pessoa não pode girar só em torno de sexo.

Às vezes é extremamente difícil conquistar uma mulher. Aquela garota então, quase impossível. Mas se sempre fosse fácil, valeria a pena? Talvez não. Se não houvessem obstáculos, o amor seria algo banalizado. São as mais difíceis que inspiram nossos melhores poemas. É por elas que assaltamos as flores dos jardins. Elas estão nas letras das canções, nos nossos álbuns de fotografias. Elas nos ensinam tanto sobre o amor, sem perceber. Acredite, aquela garota petulante, implicante, evasiva, pode ser o maior amor da sua vida. Vivido ou não.

sábado, 23 de abril de 2011

Um rio que deságua num recomeço áureo

A vida, o universo e tudo mais: na essência, isto tudo é uma sucessão de ciclos, períodos, finais e recomeços. É com base nisso que nós humanos percebemos o tempo, de modo a dividí-lo em anos, meses, semanas, dias, horas, minutos, segundos. A origem de algumas dessas divisões está ligada de forma direta a eventos astronômicos.


Para os povos da Antiguidade, o principal referencial para a conceituação de ano estava no período de revolução da Terra em torno do Sol. Sob uma perspectiva observacional era o tempo para nossa estrela fazer seu vai-e-vem na esfera celeste. Movimento este que os gregos dividiram em doze partes, considerando sua projeção sobre as constelações de fundo, chamadas de casas zodiacais.
Em muitos dos calendários desenvolvidos por essas civilizações o marco que determinava o final de um ano e início de outro era saída do Sol da constelação de Peixes e sua entrada na constelação de Áries, data que coincidia com o equinócio de março. Para os gregos antigos, o mito de Peixes estava associado à deusa Afrodite: representava a fuga dela e de seu filho Eros do monstro Tifão, na qual se transformaram em dois peixes, unidos por uma corda, e submergiram em um rio. Enquanto isso, Áries representava um carneiro dourado, enviado pelos deuses para salvar Frixo e Hele, filhos do rei Átamas. Hele acabou morrendo, mas Frixo se salvou e ofereceu o carneiro aos deuses, cuja lã, o Velocino de Ouro virou objeto de busca de muitos heróis.


Com a instituição do calendário juliano em Roma e suas posteriores modificações, o ano deixou de começar em março e foi “adiantado” para janeiro (setembro era o antigo mês sete, outubro o antigo oitavo e assim por diante). Além disso, o movimento do eixo de rotação da Terra, conhecido como precessão dos equinócios, fez com que a passagem do Sol pelas constelações se “atrasasse”. Atualmente, o Sol fica na constelação de Peixes de 12 de março a 18 de abril e na de Áries de 19 de abril a 13 de maio (a data de passagem não coincide mais com o equinócio). Numa antiga forma de ver o ano novo, ele foi há apenas 4 dias. :)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

I'm free

Eu sou livre para ser do jeito que eu escolher
E cantar a música que eu quiser
Eu sou livre para dizer coisas que eu gosto
Não importa se está certo ou errado
Sempre me pareceu que você só vê o que querem que você veja
 
Você é livre para ser do jeito que você escolher
Se for o seu jeito combinar com o meu, vai ser melhor
Você é livre para estar onde quiser
Um lugar onde possa sentir a brisa no seu rosto

Você sabe que poderá em encontrar
Algo que você pensou um dia ter conhecido
Mas agora tudo está perdido
Sabemos que isso não é divertido

O que quer que você faça
O que quer que você diga
Está tudo bem
Estará tudo bem

Somos livres para ser o que escolhemos
Pensar sobre o que somos
Escrever o que pensamos
E dizer o que não está escrito

(Adaptado de Whatever - Noel Gallangher)

segunda-feira, 14 de março de 2011

Olhos ardentes, lábios explosivos

Olhos de uma doce cor de mel
Me encaram com um brilho escarlate
Tal qual o de Aldebaran no céu
Aquecem um coração que novamente bate

Longos e delicados cabelos
Negros como a sombra da noite clara
Descem da tua face até seios belos
E suavemente reconfortam-me, quando o teu abraço me ampara

Chega o momento, minha hora de partir
Toco meus lábios em teu rosto, em tuas orelhas sussurro
Palavras de sabedoria que te façam sorrir

E meu sorriso invejoso encontra o teu
Superando até o casal de Dom Casmurro
No beijo mais explosivo que alguém já me deu

A nossa própria supernova

domingo, 13 de março de 2011

Só os mais estranhos sobrevivem

Somos todos descendentes de uma bizarrice. Um conjunto de muitas bizarrices, na verdade, acumuladas ao longo de bilhões, dentro de um código presente em cada organismo vivo deste planeta: o código genético. Surgimos de uma série de alterações genéticas as quais permitiram que seres primitivos como as bactérias originassem seres tão complexos como os mamíferos.

dna

Tudo começou com algo muito improvável, tanto que os mais religiosos preferem explicar isso com coisas mais improváveis ainda. Mas com bilhões de planetas no Universo, não é razoável que ao menos em um deles esse evento aconteça? Este evento de tão baixa probabilidade é nada mais que a origem da vida.  Moléculas orgânicas combinaram-se originando os primeiros organismos capazes de se replicar. E este era o objetivo primordial desses seres: replicação. Aquele que fosse capaz de produzir mais cópias de si mesmo se tornaria predominante. Os beneficiados nisso eram os que viviam mais e conseguiam se reproduzir mais numerosamente e sem mutações. Mas estas mutações não eram inevitáveis. Acabam surgindo variações entre os seres. E as variantes mais bem sucedidas no jogo replicativo se tornam predominantes. Eis que surge a seleção natural, meus amigos.

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A partir da seleção natural, foi possível a evolução daquela vida primitiva ao estado o qual conhecemos hoje. A cada geração, as mutações genéticas originavam variações e aquelas que melhor se adaptavam às condições do meio eram repassadas às gerações seguintes. Num curto período de tempo, a mudança é quase imperceptível. Mas nosso planeta já conta com bilhões de anos de história – e a vida pelo menos metade desse tempo. As mudanças acumuladas em cada geração foram capazes de produzir espécies totalmente diferentes. Foi a sobrevivência dos mais bizarros.

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sexta-feira, 4 de março de 2011

Princesa venenosa

Para os príncipes é uma deusa
Para os heróis, bela princesa.
Seus olhos com o brilho de Antares
Encantam, iluminam os sete mares.

Menina dos sentimentos instáveis
Gosta de ouvir coisas agradáveis.
Pode ser fácil fazê-la chorar
Mas ela sempre há de se alegrar.

Sábios os que sabem de seu veneno a doçura
Sabedoria ela sempre procura.
Menina doce, sensível, amável
Ora diabólica, ora angelical.

Garota de uma doçura que envenena
Lançando flechas em peitos ardentes.
Mesmo quando de espírito vai mal
Ela busca, como Atena,
Palavras amigas e inteligentes.


Este poema foi feito para uma amiga muito especial

O menino que esqueceu de crescer

Um garoto que não deixou de ser criança
A inocência resolvera ignorar a idade
Guardara dos sonhos de sua infância
O sábio dom da curiosidade

Conheceu um novo universo: a Razão
A sabedoria atingia sua mente
Adulto e infantil sob cada visão
Esquecera de ser adolescente

Mas o destino traz trevas aos puros corações
E atraiu o jovem para um mundo de ilusões
Onde teria de encarar do dilema das emoções

Conheceu as artes mas não o talento
Todo o amor ficou só no pensamento
Só lhe restou a trilha do conhecimento

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Estrelas

CC04O que são as estrelas? Desde os tempos antigos, o ser humano desenvolveu diversas formas de interpretar estes pontos brilhantes distribuídos no céu noturno. Foram agrupadas em constelações, relacionadas a mitologias, encaixadas em modelos cosmológicos, observadas por telescópios e fisicamente analisadas.
  
Em tempos mais modernos, a Astrofísica nos permitiu saber que as estrelas são esferas incandescentes gigantes, as quais, por estarem a grandes distâncias, parecem pontinhos brilhantes de luz. E nos mostrou que orbitamos em torno de uma, o Sol. Este serviu de modelo, aliás, no estudo de outras estrelas.

Mas aí vem a pergunta: como conhecer a natureza daquilo que está distante e não podemos tocar? Analisando a sua luz, as suas ondas eletromagnética. Ao estudarem o espectro da radiação captada de uma estrela e fazerem comparações com outros corpos celestes, os astrofísicos tornaram-se capazes de conhecerem temperatura, massa, tamanho, entre outras características. Descobriram relações entre as idades, as massas e os tipos de estrelas, daí partindo para desvendar seus ciclos de vida, do “nascimento” até a “morte”.

nebulosacabeçadecavalo

As nebulosas, nuvens de gás gigantes, constituídas em maior parte por hidrogênio, são os grande berçários estelares. Por meio da ação gravitocional, as partículas do gás vão gradualmente se juntando, formando uma proto-estrela. Se a massa desta é maior do que um valor mínimo, começam a ocorrer reações nucleares de hidrogênio em seu núcleo, a fonte de sua energia, e esta se torna uma estrela.

sol07

Dependendo de sua massa, a nova estrela terá um destino diferenciado. Se for pouco massiva, “viverá” dezenas de bilhões de anos e continuará queimando hidrogênio até se apagar. É o que chamamos de anã-vermelha. Se tiver a massa maior que um certo limite, porém, viverá menos, mas de forma mais complexa. Primeiramente, terá uma coloração amarela ou azul, enquanto queima o hidrogênio de seu núcleo, assim como faz nosso Sol hoje. Quando o combustível nuclear acabar, porém, a estrela passará a utilizar o hélio, produto da fusão do hidrogênio, para gerar energia. Nesta transição, suas camadas externas se expandirão e sua superfície se tornará avermelhada. Dessa forma, ela entrará na fase de gigante vermelha.

Antares
Antares, uma gigante vermelha
  

NGC6543
As gigantes vermelhas menos massivas só “vivem” até esgotar o  hélio de seu núcleo, quando começam a liberar suas camadas externas, geralmente formando nebulosas. O núcleo remanescente da estrela, chamado de anã-branca, continua emitindo radiação por um certo tempo. As de maiores massas, porém, têm um destino bem mais explosivo. Elas continuam realizando a fusão nuclear de elementos cada vez mais pesados até chegar no ferro. Quando tentam realizar a fusão deste, acabam gastando energia e não ganhando, gerando um desequílibrio na estrela. Isto culminará em um violento colapso, conhecido como supernova. Nesta explosão, os elementos presentes na estrela sofrem reações especiais, resultando na enorme variedade de elementos químicos que formarão outros corpos celestes posteriormente, dentre eles os planetas. Daí podermos dizer: somos “poeira da estrelas”.

PulsarMesmo após explodir em uma supernova, ainda resta o núcleo da estrela, o qual se torna incrivelmente denso. Para este, há dois caminhos. Um deles, tornar-se uma estrela de nêutrons, ou pulsar, na qual a gravidade é fortíssima, ao ponto de, nos átomos de seu centro, os elétrons se unirem aos prótons, formando nêutrons. O outro caminho mais extremo ocorre quando a massa do núcleo remanescente é muito mais elevada. Neste caso, a gravidade é tão elevada que nem a luz capaz de escapar deste novo corpo celeste, o famoso buraco negro, no qual as leis da Relatividade chegam ao seu ponto extremo. Num futuro muitíssimo distante, eles dominarão um Universo cujo o brilho das estrelas estará totalmente apagado.
7678buraco

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Sonhos Frustrados

Te ouço sem poder te ver
Te vejo sem poder te tocar
Te toco sem poder te abraçar
Te abraço sem poder te apertar
Te aperto sem poder te beijar
Te beijo sem querer acordar de meus sonhos

Não consigo ficar de ti distante
Mas, minha garota, perto do seu calor
É impossível não te amar a cada instante
Amor inútil, só nos causa dor
Não digo “Eu te amo” para não te magoar
Por te querer em meus sonhos, vais me perdoar?

A Aurora nas Nascentes Fluviais

Devo dizer, meus leitores, que estou com 3 dias de atraso. Desde o dia 16/02, o Sol, em seu trajeto anual na esfera celeste, está passando pela constelação de Aquário, a qual só vai abandonar no dia 12 de março. Esta constelação fica numa espécie de região das águas do céu noturno, sendo representada por um homem carregando um jarro com água.

aquario

Para os babilônios, a constelação simbolizava o deus supremo e da água, Ea, o criador, sendo associado às chuvas e calamidades. Já para os egípcios, era do jarro de Aquário que vinham as águas do rio Nilo, marcando assim a tão esperada época das cheias, as quais traziam a fertilidade ao solo.

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Os gregos tinham uma visão sobre Aquário que a relacionava com as constelações limítrofes. A constelação próxima a ela, a do Rio Erídano, seria banhada por suas águas, descendo uma longo extensão do céu. Eles também tinham mitos para o homem que carregava o jarro, algumas vezes associado a Ganimedes e outras a Deucalião.
camus
   Homenagem ao Cavaleiro Camus de Aquário, da série Saint Seiya, bem capaz de congelar o Nilo, o Tigre e o Eufrates juntos

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Lábios distantes

Minha musa, como Afrodite és bela
Tua imagem me congela
Quando encontro olhos teus
Vejo nada mais que os sonhos meus.

Sou levado por teu olhar penetrante
Mas se chego perto, que coisa irritante
Teus lábios ficam mais distantes.

Esse paradoxo não tem razões
Se juntos batem nossos corações
Assim como soam nossas canções
Fazendo-nos sentir essas emoções.

A sinfonia natural de Pã

Os gregos foram os nomeadores de muitas das constelações modernas, entre elas as zodiacais, repletas de referências mitológicas. A constelação de capricórnio, por exemplo, fazia alusão a Pã, o deus da natureza e dos bosques, cuja figura era a de um sátiro, criatura metade homem e metade bode.


Na antiguidade, a entrada do Sol em Capricórnio indicava o solstício de inverno no Hemisfério Norte. A linha de latitude na qual o Sol incidia nessa data foi chamada, então, de Trópico de Capricórnio. Na Roma antiga, aliás, instituiu-se um calendário (precursor do nosso) com início na data em que o Sol estava no meio desta constelação. É este o motivo de os nascidos nos primeiros dias do ano pertecerem ao signo de Capricórnio.

capri

Com o movimento do eixo de rotação da Terra, fenômeno conhecido como precessão dos equinócios, a passagem do Sol pela constelação de Capricórnio foi se atrasando, atualmente indo do dia 19 de janeiro até o dia 15 de fevereiro. Para quem estiver interessado em observá-la, a melhor época é na segunda metade do ano, e seu formato lembra uma asadelta.

armadura_de_oro_de_capricornio   shura
Homenagem ao cavaleiro Shura de Capricónio, da série Saint Seiya

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Heróis

Todo mundo constrói suas metáforas, constrói ou absorve um imaginário com o qual se identifica. Assim, eu também meu fantástico mundo nerd, cheio de heróis, bruxos, mitos, deuses e reinos. 


saint-seyaSer um herói é o sonho de todo garotinho. Os mais nerds principalmente. Heróis protagonizam histórias fantásticas, mas também estão no mundo real. Heróis são aqueles que continuam lutando mesmo após várias derrotas. Aqueles que ajudam sem segundas intenções. Aqueles que não medem esforços em salvar quem precisa. Aqueles levam um sorriso aos corações solitários e um pensamento às mentes vazias. Aqueles que pegam uma canção triste e a fazem melhor.

Blue Lee
Não são os bonitões da turma. A beleza que tem conquistam com muito suor. Não são os mais afinados, mas os de melhor improviso. Ñão são os mais amados, são os que mais amam. Não tem as melhores piadas, mas o melhor senso de humor. Não são os mais poderosos e seguros de si. São os mais corajosos. Não os mais fortes nem os mais aptos. São os mais curiosos e persistentes. São os verdadeiros gênios do trabalho duro.


              
Heróis se apaixonam. E também sofrem de amor. Salvam as mais belas princesas e se levam pelos encantos destas. Nem todas, porém, se encantam com seu jeito heróico. Heróis caem. E se levantam. De novo e de novo, sem deixar os sorrisos fugirem de suas faces. Sem deixar a última luz da noite fria se apagar. Sem deixar a esperança fugir da caixa de Pandora.

saorikido

Heróis também sonham. Sonhos nos quais encontram um destino para a sua luta. Sonhos nos quais encontram a deusas dignas de seus puros corações. Sonhos podem ser realidade. O meu é ser herói.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

I’ve Got A Feeling

 “I've got a feeling, a feeling deep inside

I've got a feeling, a feeling I can't hide

Yeah! Yeah! I've got a feeling”

 

Uma criança inocente. Isso mesmo. Não tenho vergonha de admitir que fui uma criança inocente. Aliás, inocente demais. De uma ingenuidade tão constante, que não raramente beirava a burrice. Eu queria ser uma boa pessoa, e sinto orgulho disso. Bondade sempre foi uma palavra a qual me atraía. Minha mãe me dava como exemplo de bondade a religião, então  quis até ser padre. Eu não era de caráter perfeito e costumava ser mimado, mas buscava a melhor das índoles.
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Crianças crescem. E aprendem. E amadurecem. Às vezes das formas comuns. Mas talvez o meu estilo tenha sido meio esquisito. O que não faz de mim um cara especial, nem normal, entretanto. Conhecera um racionalismo adulto, mas mantivera uma boa dose de infância. Essa foi a essência de minha personalidade nerd, fonte de felicidades e conquistas. Histórias fantásticas, aventuras épicas, guerras ninjas e mitológicas, além de segredos e maravilhas da natureza, do universo e do ser humano. Isto tudo na mente otimista de um garoto. O fantástico era uma metáfora do científico. Mais-que-perfeito. Ou não.
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Os sentimentos adolescentes não norteavam minha vida. Existiam, entretanto, de algum modo. Bobos, utópicos, estereotipados, enganandos, desenganados, inconcretos, prematuros. Nunca se sobrepunham totalmente às nerdices e fantasias infantis. Mesmo assim, estavam na semente de minhas frustrações. Começavam os vícios moderados das inutilidades. As esperanças de que acontecesse algo pelo qual eu estava longe de realmente buscar.
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Mas são por coisas simples que a vida muda. De repente, um sentimento. Verdadeiro. Tão verdadeiro que tornou clara a insignificância dos restantes. Veio aos poucos, surgindo inocentemente em meio a novidades amigas. Tão inocente que não poderia prever o desastre causado. Talvez fosse para o bem. Pareceu depois ser para o mal. Sofrimento, distração, irresponsabilidade, rejeição e dúvidas tiraram a paz e a segurança que tinha na boa e velha ciência.
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Dane-se a melancolia! Talvez alguns sentimentos surjam porque devem ser sentidos. Outros, porém, parecem exigir a própria superação. Um amor cruel e verdadeiro ou é para sempre ou para nunca. A tristeza me dará para mudar. Transformar o sofrimento em maturidade, a distração em novidades, a irresponsabilidade em diversão, a rejeição em vaidade, as dúvidas em escolha, a escolha pela felicidade. Ter orgulho de ser um herói nerd XD.

<SAMSUNG DIGITAL CAMERA>O sorriso daquele otimismo iluminado