sábado, 26 de fevereiro de 2011

Estrelas

CC04O que são as estrelas? Desde os tempos antigos, o ser humano desenvolveu diversas formas de interpretar estes pontos brilhantes distribuídos no céu noturno. Foram agrupadas em constelações, relacionadas a mitologias, encaixadas em modelos cosmológicos, observadas por telescópios e fisicamente analisadas.
  
Em tempos mais modernos, a Astrofísica nos permitiu saber que as estrelas são esferas incandescentes gigantes, as quais, por estarem a grandes distâncias, parecem pontinhos brilhantes de luz. E nos mostrou que orbitamos em torno de uma, o Sol. Este serviu de modelo, aliás, no estudo de outras estrelas.

Mas aí vem a pergunta: como conhecer a natureza daquilo que está distante e não podemos tocar? Analisando a sua luz, as suas ondas eletromagnética. Ao estudarem o espectro da radiação captada de uma estrela e fazerem comparações com outros corpos celestes, os astrofísicos tornaram-se capazes de conhecerem temperatura, massa, tamanho, entre outras características. Descobriram relações entre as idades, as massas e os tipos de estrelas, daí partindo para desvendar seus ciclos de vida, do “nascimento” até a “morte”.

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As nebulosas, nuvens de gás gigantes, constituídas em maior parte por hidrogênio, são os grande berçários estelares. Por meio da ação gravitocional, as partículas do gás vão gradualmente se juntando, formando uma proto-estrela. Se a massa desta é maior do que um valor mínimo, começam a ocorrer reações nucleares de hidrogênio em seu núcleo, a fonte de sua energia, e esta se torna uma estrela.

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Dependendo de sua massa, a nova estrela terá um destino diferenciado. Se for pouco massiva, “viverá” dezenas de bilhões de anos e continuará queimando hidrogênio até se apagar. É o que chamamos de anã-vermelha. Se tiver a massa maior que um certo limite, porém, viverá menos, mas de forma mais complexa. Primeiramente, terá uma coloração amarela ou azul, enquanto queima o hidrogênio de seu núcleo, assim como faz nosso Sol hoje. Quando o combustível nuclear acabar, porém, a estrela passará a utilizar o hélio, produto da fusão do hidrogênio, para gerar energia. Nesta transição, suas camadas externas se expandirão e sua superfície se tornará avermelhada. Dessa forma, ela entrará na fase de gigante vermelha.

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Antares, uma gigante vermelha
  

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As gigantes vermelhas menos massivas só “vivem” até esgotar o  hélio de seu núcleo, quando começam a liberar suas camadas externas, geralmente formando nebulosas. O núcleo remanescente da estrela, chamado de anã-branca, continua emitindo radiação por um certo tempo. As de maiores massas, porém, têm um destino bem mais explosivo. Elas continuam realizando a fusão nuclear de elementos cada vez mais pesados até chegar no ferro. Quando tentam realizar a fusão deste, acabam gastando energia e não ganhando, gerando um desequílibrio na estrela. Isto culminará em um violento colapso, conhecido como supernova. Nesta explosão, os elementos presentes na estrela sofrem reações especiais, resultando na enorme variedade de elementos químicos que formarão outros corpos celestes posteriormente, dentre eles os planetas. Daí podermos dizer: somos “poeira da estrelas”.

PulsarMesmo após explodir em uma supernova, ainda resta o núcleo da estrela, o qual se torna incrivelmente denso. Para este, há dois caminhos. Um deles, tornar-se uma estrela de nêutrons, ou pulsar, na qual a gravidade é fortíssima, ao ponto de, nos átomos de seu centro, os elétrons se unirem aos prótons, formando nêutrons. O outro caminho mais extremo ocorre quando a massa do núcleo remanescente é muito mais elevada. Neste caso, a gravidade é tão elevada que nem a luz capaz de escapar deste novo corpo celeste, o famoso buraco negro, no qual as leis da Relatividade chegam ao seu ponto extremo. Num futuro muitíssimo distante, eles dominarão um Universo cujo o brilho das estrelas estará totalmente apagado.
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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Sonhos Frustrados

Te ouço sem poder te ver
Te vejo sem poder te tocar
Te toco sem poder te abraçar
Te abraço sem poder te apertar
Te aperto sem poder te beijar
Te beijo sem querer acordar de meus sonhos

Não consigo ficar de ti distante
Mas, minha garota, perto do seu calor
É impossível não te amar a cada instante
Amor inútil, só nos causa dor
Não digo “Eu te amo” para não te magoar
Por te querer em meus sonhos, vais me perdoar?

A Aurora nas Nascentes Fluviais

Devo dizer, meus leitores, que estou com 3 dias de atraso. Desde o dia 16/02, o Sol, em seu trajeto anual na esfera celeste, está passando pela constelação de Aquário, a qual só vai abandonar no dia 12 de março. Esta constelação fica numa espécie de região das águas do céu noturno, sendo representada por um homem carregando um jarro com água.

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Para os babilônios, a constelação simbolizava o deus supremo e da água, Ea, o criador, sendo associado às chuvas e calamidades. Já para os egípcios, era do jarro de Aquário que vinham as águas do rio Nilo, marcando assim a tão esperada época das cheias, as quais traziam a fertilidade ao solo.

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Os gregos tinham uma visão sobre Aquário que a relacionava com as constelações limítrofes. A constelação próxima a ela, a do Rio Erídano, seria banhada por suas águas, descendo uma longo extensão do céu. Eles também tinham mitos para o homem que carregava o jarro, algumas vezes associado a Ganimedes e outras a Deucalião.
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   Homenagem ao Cavaleiro Camus de Aquário, da série Saint Seiya, bem capaz de congelar o Nilo, o Tigre e o Eufrates juntos

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Lábios distantes

Minha musa, como Afrodite és bela
Tua imagem me congela
Quando encontro olhos teus
Vejo nada mais que os sonhos meus.

Sou levado por teu olhar penetrante
Mas se chego perto, que coisa irritante
Teus lábios ficam mais distantes.

Esse paradoxo não tem razões
Se juntos batem nossos corações
Assim como soam nossas canções
Fazendo-nos sentir essas emoções.

A sinfonia natural de Pã

Os gregos foram os nomeadores de muitas das constelações modernas, entre elas as zodiacais, repletas de referências mitológicas. A constelação de capricórnio, por exemplo, fazia alusão a Pã, o deus da natureza e dos bosques, cuja figura era a de um sátiro, criatura metade homem e metade bode.


Na antiguidade, a entrada do Sol em Capricórnio indicava o solstício de inverno no Hemisfério Norte. A linha de latitude na qual o Sol incidia nessa data foi chamada, então, de Trópico de Capricórnio. Na Roma antiga, aliás, instituiu-se um calendário (precursor do nosso) com início na data em que o Sol estava no meio desta constelação. É este o motivo de os nascidos nos primeiros dias do ano pertecerem ao signo de Capricórnio.

capri

Com o movimento do eixo de rotação da Terra, fenômeno conhecido como precessão dos equinócios, a passagem do Sol pela constelação de Capricórnio foi se atrasando, atualmente indo do dia 19 de janeiro até o dia 15 de fevereiro. Para quem estiver interessado em observá-la, a melhor época é na segunda metade do ano, e seu formato lembra uma asadelta.

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Homenagem ao cavaleiro Shura de Capricónio, da série Saint Seiya

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Heróis

Todo mundo constrói suas metáforas, constrói ou absorve um imaginário com o qual se identifica. Assim, eu também meu fantástico mundo nerd, cheio de heróis, bruxos, mitos, deuses e reinos. 


saint-seyaSer um herói é o sonho de todo garotinho. Os mais nerds principalmente. Heróis protagonizam histórias fantásticas, mas também estão no mundo real. Heróis são aqueles que continuam lutando mesmo após várias derrotas. Aqueles que ajudam sem segundas intenções. Aqueles que não medem esforços em salvar quem precisa. Aqueles levam um sorriso aos corações solitários e um pensamento às mentes vazias. Aqueles que pegam uma canção triste e a fazem melhor.

Blue Lee
Não são os bonitões da turma. A beleza que tem conquistam com muito suor. Não são os mais afinados, mas os de melhor improviso. Ñão são os mais amados, são os que mais amam. Não tem as melhores piadas, mas o melhor senso de humor. Não são os mais poderosos e seguros de si. São os mais corajosos. Não os mais fortes nem os mais aptos. São os mais curiosos e persistentes. São os verdadeiros gênios do trabalho duro.


              
Heróis se apaixonam. E também sofrem de amor. Salvam as mais belas princesas e se levam pelos encantos destas. Nem todas, porém, se encantam com seu jeito heróico. Heróis caem. E se levantam. De novo e de novo, sem deixar os sorrisos fugirem de suas faces. Sem deixar a última luz da noite fria se apagar. Sem deixar a esperança fugir da caixa de Pandora.

saorikido

Heróis também sonham. Sonhos nos quais encontram um destino para a sua luta. Sonhos nos quais encontram a deusas dignas de seus puros corações. Sonhos podem ser realidade. O meu é ser herói.